quinta-feira, 29 de maio de 2014

Caneta - Luneta

É mentira.
Este negocio de escrever.
O exercício da escrita é apenas a vontade de divulgar e o medo de deslembrar.
Eu mesmo, devo confessar.
Uso a escrita, neste termo e horário como um confessionário. A caneta é ao mesmo tempo projetor e luneta.
Ela me explica pro mundo
E explica o mundo pra mim.
Sendo meu confessionário, inicio, meio e fim.
Pego uma ideia, me espelho, projeto, escondo a sombra, e finjo que entendi.
Explano, espalho, como quem clama "me ajuda nisto aqui".
Se engana quem pensa que sei onde me meti.

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